terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Só um mercado literário como o Brasil para livros como 'Data-Limite' fazerem sucesso

Só mesmo um mercado de livros como o do Brasil para que livros como Data-Limite Segundo Chico Xavier, de Juliano Pozati e Rebeca Casagrande, baseado no documentário homônimo de Fábio Medeiros do qual a dupla participou da co-produção, possam fazer sucesso.

É um mercado risível em que prevalecem livros religiosos, humor besteirol sem graça, auto-ajuda, aventuras supérfluas que mostram que as pessoas preferem enfrentar vampiros e bonecos de Minecraft do que encarar a realidade e tudo o mais.

É uma grande gafe ver que, entre os livros de não-ficção, livros para colorir (!) apareçam na lista dos mais vendidos. É um mercado literário ridículo, porque não há o compromisso com o conhecimento, é uma literatura analgésica que predomina entre os títulos mais vendidos. Fora as aventuras que mostram que os leitores só querem vencer os inimigos de ficção do que os problemas reais.

Que as pessoas procurem um entretenimento para relaxar, ainda vai. Mas isso vai além da conta e ocorre em prejuízo com a obtenção de conhecimento. Não se lê para conhecer e saber mais, mas para adoçar a alma, e é aí que livros mistificadores sobre Francisco Cândido Xavier encontram terreno fértil.

Pelo menos por enquanto o livro não está na lista dos mais vendidos. Mas o sucesso se observa quando estoques de livros diminuem com relativa rapidez. Num dia, uma pilha de vinte exemplares já resultava em dez em uma livraria no Grande Rio.

É triste saber que as pessoas querem tanto mistificação. O livro Data-Limite Segundo Chico Xavier, além de ser derivado de um documentário - um engodo de mitos e dogmas igrejistas e pseudocientíficos - , é um apanhado de inverdades e divagações desnecessárias, além de toda a exaltação dos deturpadores (como Chico Xavier e Divaldo Franco) e um puxa-saquismo gosmento em torno de Allan Kardec.

O livro tem 350 páginas, mas na verdade poderia ter tido apenas 110. Ou menos, se tirar o puxa-saquismo a Kardec, as posturas pseudocientíficas e uma enrolação psicológico-religiosa em torno do "ser" e do "estar", que ocupa um capítulo inteiro!

Há muitas mentiras nesse livro. A de que Humberto de Campos confirmou a "mediunidade" de Chico Xavier (o autor maranhense apenas disse que os poemas "espirituais" eram parecidos com os que os autores alegados haviam deixado em vida) e a de que Chico Xavier teria previsto água na Lua (nem em sonhos: a hipótese, ainda que durante anos rejeitada por cientistas, era estudada há muito tempo).

E tem a pseudosabedoria de Divaldo Franco e a infantil e pretensiosa adoração de Juliano Pozati pela "ciência" e por O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. A gente até pensa se Juliano Pozati realmente leu o livro com atenção, já que muitos dos ensinamentos contidos no citado livro de Kardec desmascaram explicitamente a farsa de Chico Xavier.

Allan Kardec reprovaria até mesmo a fixação de datas para transformações da humanidade. "É indício de mistificação", disse o professor, de maneira bastante clara. O recreio de Chico Xavier e Divaldo Franco seria encerrado com as advertências do professor.

Aliás, só o fato de Data-Limite Segundo Chico Xavier ser um livro ANTI-KARDECIANO deveria ser um alerta para as pessoas não adquirirem esse livro, cheio de inverdades e misticismos baratos, além de supostas previsões sem pé nem cabeça. Se as pessoas forem menos vulneráveis às armadilhas da emoção, não seriam vulneráveis às tentações da fé e do deslumbramento e se afastariam sem medo desse engodo igrejista e pseudocientífico.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Uma mentira e muita gente a defendê-la

A teoria conspiratória que ganhou o nome de "Data Limite" e virou a principal "tábua de salvação" para o "Espiritismo" brasileiro. Essa doutrina deturpada cujos erros e contradições vem sido questionados nas redes sociais e em blogs especializados e por isso mesmo ameaçada de extinção. Os adeptos que lucram com as rolices difundidas pelo "Espiritismo" brasileiro precisavam fazer alguma coisa para salvar a Seita de Papalvos de acabar. 

E aí veio um relato de um sonho de Francisco Cândido Xavier, líder-mor dos papalvos. O sonho, que na verdade é baseado em um livro antigo  "psicografado" pelo médium, foi transformado de forma irresponsável em "profecia" por um ingênuo, Geraldo Lemos Neto. Tudo bem se fosse só ele e a teoria conspiratória lançada morresse na praia. 

Mas ela se agigantou e ganhou a adesão de muita gente. Imagine, um sonho banal, que poderia muito bem ser ignorado, ao ser transformado em profecia, acabou formando uma verdadeira quadrilha a trabalhar para o seu agigantamento, pois sabia que seria a melhor e criativa forma de canonizar um home tolo transformado em liderança maior de um bando de pessoas mais tolas que ele.

A adesão de um grande numero de pessoas a criminosamente trabalhar esta farsa, gastando dinheiro, formando equipes de profissionais que deveriam estar trabalhando em coisas mais honestas. Tudo para sustentar uma baita mentira inventada por um rapaz tolo de 19 anos que acreditou nos relatos de um velho meio maluco que é tratado como um semi-deus por boa parcela dos brasileiros.

É uma irresponsabilidade grande saber que para sustentar esta mentira, além de Geraldo Lemos Neto, Marlene Nobre, Fábio Medeiros, Juliano Pozati, Rebeca Casagrande e uma legião de trabalhadores anônimos se empenhando em legitimar e difundir uma baita mentira surgida de um sonho infantil, na tentativa desesperada de canonizar um médium tolo. Uma verdadeira quadrilha a difundir desonestamente uma tolice que vai contra a doutrina que essa horda de enganadores insiste em fingir professar.

É revoltante ver gente que poderia estra em um trabalho mais honesto, em benefício da humanidade, estar envolvida na construção de uma mentira tao safada e sem vergonha. Os nomes citados integram uma verdadeira quadrilha muito mal intencionada a enganar multidões de brasileiros vendendo tolice como descoberta cientifica, que nem mesmo a doutrina original codificada na França é capaz de aprovar.

Porque livros como A Gênese e o Livro dos Médiuns, ambos de Allan Kardec, dão uma coronhada mortal na nuca de Chico Xavier, o maior farsante que esteve no Brasil e que até hoje, mesmo depois de morto, segue enganando multidões de ingênuos numa mitologia construída a base de muitas mentiras, infelizmente sustentadas por uma gigantesca equipe empenhada a levar a farsa adiante em prol dos interesses mesquinhos resultantes da fé cega em um líder ao mesmo tempo tolo e enganador.

Não consigo entender como uma mentirinha infantil pode ser levada tão a sério a ponto de fazer muita gente lutar para sustentá-la. Sinal de que estamos muito longe da evolução espiritual. Tolos guiando tolos vendendo uma verdadeira tolice.

Ainda bem que fora do meio "espírita" ninguém dá ouvidos a essa papalvada, facilmente desmascarada por um estudo sério feito por pessoas realmente responsáveis.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Principais defeitos do "Espiritismo" brasileiro

Está mais do que na hora dos deturpadores do "Espiritismo" brasileiro reverem seus dogmas ou se calarem para sempre. Estamos cansados de ouvir associadas a doutrina de Allan Kardec muitos erros e absurdos que contradizem as obras da codificação. 

Indispostos a assumir publicamente seu roustainguismo e mudar o nome de sua doutrina, os "espíritas" brasileiros seguem difundindo seus erros, mas aos poucos vão perdendo adeptos pois a lógica prova que quem estuda e verifica, fecha seus ouvidos à deturpação. Apenas os mais tolos seguem seguindo seus mestres num debate vazio sobre família, amor, paz, caridade e esperança, sempre com a repetição inútil de palavras piegas, redundantes e sem sentido.

Listo aqui os defeitos do "Espiritismo" brasileiro que provam que é urgente abandonar esta canoa furada e esquecer de vez os "mestres" da deturpação que além de nunca terem entendido a doutrina, cometem a desonestidade de levar os erros adiante, sem admitir os erros que insistem em cometer.

Os erros dos "espíritas"brasileiros, enumerados abaixo:

- Se assumem como uma seita religiosa pretensamente racional e como tal adotam a fé cega, rotulada de "raciocinada";

- Absorvem como enxerto cerca de 85% dos dogmas católicos, apesar de fingirem ser de uma doutrina diferente da igreja dos padres. Com isso atraem muitos espíritos de padres e freiras a deturpar todo o repertório dogmático;

- Transformam suas lideranças em divindades;

- Bajulam Allan Kardec sem estudar detalhadamente a doutrina fundada por ele;

- Consideram que Kardec teve "inspiração divina" e estava realizando uma "missão" ao fazer os trabalhos de codificação quando na verdade apenas se interessou pelo tema e resolveu estudá-lo, como qualquer cientista e pesquisador;

- Ignoram Jean Baptiste Roustaing, mas defendem suas ideias inspiradas no Catolicismo, traduzidas com perfeição por Chico Xavier em suas obras supostamente psicografadas;

- Desprezam estudos sérios sobre o mundo espiritual, preferindo enfatizar o moralismo cristão em suas atividades;

- Lançam e difundem psicografias com mensagens padronizadas que falam de moralismo cristão e narram  o mundo espiritual cm uma igreja, independente do espírito atribuído, cujas características de personalidade e de criação de obras são frequentemente ignoradas;

- Fazem caridade paliativa, demonstrando total incompetência na eliminação de problemas e na transformação positiva da humanidade;

- Tratam a intelectualidade como algo supérfluo e enfatizam apenas o moralismo piegas. Consideram que a intelectualidade depende da bondade quando a lógica e o bom senso provam ser o contrário;

- Apesar de desprezar aspectos intelectuais, gostam de usar a ciência apenas como "cartório" para autenticar os dogmas absurdos em que acreditam;

- Acreditam num mundo espiritual com características do mundo material;

- Possuem muitas contradições em seu repertório dogmático; Palestras são baseadas em suposições e muitas lideranças vivem difundindo ideias opostas entre si, gerando confusão;

- Acreditam que o esperanto será o idioma mundial, quando a realidade prática mostra que o inglês é que tem esta responsabilidade. A associação com a religião acabou transformando o esperanto em um idioma risível e sem prestígio;

- Pensam que espíritos superiores habitam a Terra como "missionários" quando na verdade todos os habitantes materiais e espirituais pertencem a mesma ordem inferior (com variações de subnível) de espíritos;

- Defendem ideias tolas como crianças índigo, cristais e similares, comprovadamente impossíveis de se realizar. Se nascem crianças um pouco mais evoluídas, é caso raro e não faz parte de uma "missão";

- Se assumem cristãos (no sentido católico) e cultuam Cristo e Maria como se fossem espíritos puros (é impossível a encarnação de espíritos puros em um planeta de provas e de expiações) e adotam a Bíblia e o Novo Testamento, escritos ha mais de 2000 anos, como guia da sobrevivência cotidiana atual;

- Se acham melhores que as outras religiões por causa da suposta racionalidade. Racionalidade que nunca é observada na prática;

- Pensam que todas es pessoas serão "espíritas" acreditando nas tolices, absurdos e contradições difundidas pela deturpada doutrina.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

"Espiritismo": religião de elite. Mas uma elite burra e egoísta

É sabido que a maioria dos seguidores da deturpação "espírita" no Brasil pertencem as classes mais abastadas e são portadores de diplomas de nível superior. os próprios seguidores têm orgulho em afirmar isso, como uma forma de assumir uma imagem estereotipada da evolução humana.

Apesar de teorias serem lindas e admiráveis, a prática é o que interessa. E a prática mostra que o fato de seus seguidores serem de classes melhor remuneradas e com títulos e mais títulos acadêmicos, eles não são mais sábios que o mais reles analfabeto. Não raramente conseguem até ser menos sábios.

Instalado no Brasil provavelmente em 1875, o "Espiritismo", que já nasceu deturpado por se ancorar em Jean Baptiste Roustaing, um deturpador, ao invés de seguir as recomendações dos estudos de Allan Kardec, este limitado a mero objeto de bajulação, provou em todo este tempo até hoje que e completamente INCOMPETENTE na "missão" de melhorar a humanidade. Claramente percebe-se que a elite "espírita" é uma elite ao mesmo tempo burra e egoísta. Papalvos que agem como espantalhos: sem cérebro e sem coração.

Os "espíritas" que nossa equipe conhece são as pessoas mais egoístas que se ouviu falar. Vários são gananciosos. Mulheres são interesseiras e excessivamente vaidosas. Homens são fúteis, infantis e materialistas. Todos se mostram incapazes de resolver problemas sérios da sociedade e é evidente que seus diplomas e seu suposto conhecimento só servem para a sua carreira profissional, utilizada como fonte de farta renda ao invés de contribuição para melhorias sociais.

Tudo no "Espiritismo" é estereotipado e especulativo. Apesar das toneladas de diplomas, que nossa equipe enxerga como meros pedaços de papel sem vida, o conhecimento nunca transitou entre os"espíritas" brasileiros, que chamam de "estudo" os sermões tipicamente católicos que são balbuciados em várias "palestras" (missas) em centros "espíritas". Não raramente, a elite usa a ida a estes centros para se mostrar "bondosa" para a sociedade quando na verdade nunca praticou uma boa ação verdadeira que pudesse eliminar de uma vez por todas o sofrimento de alguém.

Ah, mas aí chega o católico Chico Xavier, o guia máximo dessa papalvada, que comete um devastador vandalismo doutrinário inserindo um monte de incertezas do Catolicismo, lambuzando a doutrina de ideias estranhas como a Teologia do Sofrimento. 

A elite adora a Teologia do Sofrimento porque esta teologia a dispensa de distribuir seu farto supérfluo para atender as necessidades dos mais carentes, tratados pela teologia como "privilegiados" que "alcançarão o céu (católico) mais prematuramente". Beleza, a elite não precisa mais ajudar a ninguém, só ficar de mãos atadas rezando esperando que a ajuda venha de seres de existência tao comprovada quanto o Mickey Mouse.

Além de egoísta, esta elite ainda é burra

O próprio fato de aceitarem os pontos absurdos da doutrina já demonstra que de inteligente esta elite não tem nada. Uma doutrina construída com especulações e que possui em seu repertório doutrinário um festival de contradições, teria a obrigação de ser analisada e questionada com frequência. 

Mas esta elite colecionadora de diplomas e títulos age igual aos fiéis intelectualmente inertes de outras seitas, balançando as cabeças de acordo com o que o "palestrante", considerado confiável, fala nos sermões que se pretendem ser "formas de estudo". Tudo mecânico e sem o menor questionamento.

Quando o "palestrante" é uma das lideranças "espíritas" a coisa piora. De alto prestígio e confundidas como divindades vivas, as lideranças "espíritas" tem o poder absoluto de transformar qualquer asneira em lei, pois o estereótipo embutido nelas as transforma em "conhecedores dos segredos do universo", dando um caráter falso de segurança às informações equivocadas que transmitem.

E esta elite, ancorada no prestigio desses consagrados farsantes, acaba por depositar uma fé cega no que eles dizem, por acreditar que eles são também intelectualizados. Ora, segundo o raciocínio mesquinho desa elite, uma seita com maioria de pessoas com diplomas de nível superior só poderia ser uma "seita inteligente". Tudo aparência, tudo aparência".

A inteligência não exige diploma. Exige esforço intelectual. E esforço intelectual começa com desconfiança, contestação e abnegação. Duvidar e a primeira coisa a ser feita. Divaldo Franco falou? vamos checar se o que ele falou é realmente correto. "Ah, mas foi o Divaldo Franco que falou...". E Divaldo Franco, encarnado num planeta de provas e expiações, onde todos estão no mesmo nível de relativa ignorância, nunca erra? Rapaz, confie em evidências, não em pessoas!

Mas como ninguém contesta nesta seita estranha, infelizmente tenho que afirmar, sem qualquer intenção de ofensa, calúnia e difamação, de que esta elite e burra sim. Burra porque utiliza de sua suposta inteligência mais para posar de "eu sou o melhor" do que para compreender melhor a realidade ao seu redor. Egoísta porque não se esforça para ajudar o próximo de forma eficiente. 

A elite sempre odiou esforços. Elite religiosa mais ainda. Mesmo que considerem a preguiça um pecado, as religiões são as maiores incentivadoras da preguiça. Trabalho, só para ganhar dinheiro. O resto é só curtição e rir da cara dos mais carentes considerando estes "privilegiados da sorte" que supostamente serão felizes em futuros remotos. 

E nunca serão, pois esta doutrina dos Papalvos sempre vai reservar a felicidade apenas para o futuro, quando o presente será sempre de desgraças. Desgraças que nunca fazem parte desta elite deslumbrada, que continuará próspera, mas egoísta e burra e que utilizará do rótulo da doutrina para fingir bondade e sabedoria que serão manifestadas com os braços cruzados e as cabeças balançando. E o mundo segue injusto como sempre foi.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

"O Dia em que conheci a Verdade", segundo tataraneto de "Doutor Bezerra"

OBS: O erro deste texto é considerar como Doutrina Espírita isso que está aí, catoliquizado, místico, igrejista e nada científico. Falam muito de Kardec mas nenhum estudo sério é feito com as obras dele. Como Chico Xavier, Bezerra sempre foi católico e ao fundar a FEB entrou em atrito com Angeli Torteroli, pois Bezerra queria uma doutrina menos científica e mais igrejista, sincrética até, mantendo as características da verdadeira fé que professava, enquanto Torteroli queria as bases científicas orientadas originalmente por Kardec. Estou do lado de Torteroli.

Mas o depoimento abaixo, de um descendente da família Bezerra de Menezes mostra que essa transformação do Espiritismo nesse carnaval igrejista só tem prejudicado os seus seguidores, tanto intelectualmente quanto materialmente. Antônio Bezerra virou evangélico após se decepcionar com esta versão estranha imposta pelo seu tataravô. Antônio fez certo. Pelo menos as ilusões das igrejas protestantes parecem mais honestas, pois não vem fantasiadas de "fé raciocinada", não fingindo ser o que não é.

Aviso: o "Espiritismo" descrito no texto abaixo é o chiquista, a gororoba criada no Brasil. As menções a Kardec são equivocadas, já que o "Espiritismo" brasileiro quase não lê Kardec, preferindo usar o nome do professor francês como "cartório" para tentar autenticar as ilusões estranhas enxertadas na versão brasileira da doutrina. Quem quiser conhecer o Espiritismo verdadeiro, fuja de Bezerra, Chico Xavier, Divaldo e similares, entre espíritos e outros médiuns e palestrantes. Se seguir o que esses caras dizem, vão aprender tudo errado.

O DIA EM QUE CONHECI A VERDADE

Antonio Roosevelt Bezerra de Menezes Filho - Transcrito da Revista A Voz - ADHONEP

Antonio representa a quarta geração do Dr. Bezerra de Menezes, o primeiro presidente da Federação Espírita Brasileira, além de vereador, deputado e prefeito do Rio de Janeiro. Depois de haver alcançado o topo de suas buscas esotéricas, ter tido contato com mortos, ter psicografado, adivinhado, visto e previsto o que era verdade a muitos, caiu em violentos fracassos econômicos e familiares, o que o fez entrar em desespero...

Meu tataravô era uma pessoa muito caridosa e respeitada; costuma dizer que aquele que não ajudasse um enfermo, ainda que pela madrugada, não subisse o morro e fosse socorrê-lo, não era um médico, mas um maldito. Um dos seus princípios básicos era o amor ao próximo. Nasci nesta família - família que seguia o kardecismo; e vivia o evangelho segundo Alan Kardec. Estávamos sempre nos centros espíritas, fazendo trabalhos. Lembro que tinha uma tia na umbanda, e por isso nos envolvíamos algumas vezes com a umbanda, outras com o kardecismo. Fomos nos aprofundando. Na casa dela sempre ocorriam manifestações sobrenaturais, ela recebendo espíritos que nos traziam mensagens de "Deus". Outra tia, após o jantar, tirava a mesa, colocava a toalha branca e iniciava o trabalho de kardecismo, com orações e preces mediúnicas.

Na minha adolescência comecei a ter amizade com rapazes cujos pais eram donos de centros espíritas. E com isso fui seguindo cada vez mais a trajetória de toda a família. Passei a conhecer também outras religiões e outras seitas, pois quem se envolve com o ocultismo não fica restrito a uma única religião. Começa a ocorrer verdadeira saladas de coisas. Fui então para o Budismo e as religiões do Oriente; comecei a praticar Yoga e quatro artes marciais. Passei a me envolver com toda a ideologia da Nova Era; a buscar o poder e as realizações da mente. Andei atrás de coisas sobrenaturais - o poder latente da alma, o entrar em lugares sem ser visto, pensar em pessoas e elas surgirem. E comecei a me sentir cheio de poder...

Jesus sempre foi para mim um grande ser iluminado e um alvo para a minha vida. Imaginava que se continuasse a crescer espiritualmente seria um dia como Jesus, Gandhi, Buda, ou outro ser superior. E minha família continuava a conviver com o espiritismo, trabalhos, seções e operações mediúnicas. Um dia, quando trabalhava na construção de um edifício, dois reverendos vieram falar comigo de Jesus, um Jesus muito diferente daquele que eu conhecia nas reuniões kardecitas. Mas eu confesso que odiava os cristãos! Sempre que os via com a Bíblia na mão, ou debaixo do braço, ficava enraivecido. E quando via Bíblias com zíper, mais enfurecido ainda ficava! O pior é que um dia meu irmão chegou em casa com uma Bíblia daquelas distribuídas nos colégios. Ao vê-lo, fui logo dizendo: "taca fogo nessa Bíblia! Isso aí não é nosso! Nós somos espíritas, temos o evangelho segundo Allan Kardec; esse, sim, é o evangelho que vamos seguir!" Um pormenor interessante é que no evangelho segundo Allan Kardec, bem no começo, existe um texto que diz que no início o evangelho segundo Kardec chamava-se a "Imitação do Evangelho". Então eu pergunto; quando queremos alguma coisa buscamos o original ou a imitação? Comecei a refletir, a ficar meio cismado...

Aqueles homens me diziam: "Bezerra, você está com muitos problemas... Você precisa de Deus em sua vida... Pessoas que não conhecem a Deus têm um único destino: a morte eterna...". Eu então os interrompia, dizendo: "Há! Eu não acredito nisso! Primeiro, não acredito em diabo; segundo, não acredito em inferno. O homem morre, reencarna e tem uma outra vida". Mas eles continuaram: Não. Você conhece apenas uma doutrina religiosa, mas não conhece Deus. E as pessoas que não conhecem a Deus só tem um destino: o inferno! E digo mais: se você tem problemas e não conhece a Deus, se a caso morrer hoje, seu fim será o inferno..." Saí muito abalado daquele encontro. Abalado porque embora acreditasse em outras vidas e na teoria reencarnacionista, me veio uma dúvida: "E se o que eles dizem for verdade?..." Fiquei muito preocupado. Lembro que não gostava da Bíblia, nem a lia nunca. No entanto, li um monte de livros, como o evangelho de Buda e na Rosa Cruz estudei profundas técnicas de estudo da mente. Mas de repente comecei a me interessar pela Bíblia, porque o que ouvira me despertou a curiosidade.

Costumava psicografar, ter revelações e contato com os mortos - assim como minhas tias e outros familiares. Eu era empresário, dono de uma construtora, e minha vida começou a ficar muito ruim, os negócios entrando em crise. Passei a me afundar cada vez mais no espiritismo, e a cair em desespero. O que aconteceu na verdade foi que comecei a seguir a tradição espírita verdadeira. Pesquisando a vida de Allan Kardec, descobri que na França - país onde ele fundou a religião - o espiritismo não subsistiu. Ele se perdeu totalmente, e hoje não tem influência na sociedade. Das ciências ocultas, só a magia negra tem hoje força na França. O próprio Allan Kardec, que em 1824 fundou uma escola idêntica a de seu amigo Pestallozzi, faliu. O Dr. Bezerra de Menezes, que foi prefeito do Rio de Janeiro e pessoa de renome, perdeu tudo o que tinha no final da sua vida. E até os meus avós perderam seus bens, ao se envolverem com o espiritismo. E não foi diferente comigo; minhas finanças começaram a seguir as tradições espíritas verdadeiras...Eu tinha uma empresa, e num determinado momento comecei a sofrer tremendas perdas. Cheguei a perdei quase 1 milhão de dólares em maus negócios!

A situação se tornou tão terrível, que minha vida ficou completamente acabada; virei um derrotado. Comecei a pensar realmente em suicídio; uma voz me sussurava: "Você já era! É hora de tentar o suicídio!" Eu era sócio do melhor clube da cidade: a Sociedade Hípica. Tinha quatro veículos, uma motocicleta, motorista particular, enfim, desfrutava uma vida estável, muito boa.

Aliás, eu anunciava a quantos podia que encontrara o caminho, a paz, a felicidade! Só que eu era espírita e, não satisfeito, incontrolável, fui me envolvendo com ocultismo japonês, Se-cho-noiê, Yoga, artes marciais, Igreja Messiânica, Nova Era, religiões orientais, seitas egípcias, cabala, etc. Então perdi a empresa, os carros e até a minha casa. Cheguei ao fundo do poço. Minha vida ia de mal a pior. Mas aquela conversa com os reverendos não me saia da mente. Lembro que não consegui esquecer algo que me disseram: "Quando você conhecer a verdade, ela vai libertá-lo!".

Começou então uma grande briga no meu interior. Havia duas vozes. Uma dizia que eu devia acabar com a minha vida. Eu era campeão de tiro no exército; era simples. Bastava pegar o revólver e dar um tiro no ouvido. A outra dizia que Deus me queria vivo, e Ele tinha muitos planos para a minha vida. A luta no meu íntimo foi muito intensa. Foram 33 anos de resistência à voz de Deus.

Minha vida financeira estava um verdadeiro desastre; além disso minha mulher vivia no hospital, com o sistema nervoso abalado. E eu andava aborrecido, porque o espiritismo não conseguia resolver meu problema. A opressão dentro de mim aumentava cada vez mais. Até que um dia resolvi me candidatar a vereador de minha cidade. E ao entrar em campanha política procurei a Federação Espírita. Lá, a presidente me disse: "Você é nosso candidato ideal; precisamos de um vereador espírita na Câmara de Vereadores. Vamos apóia-lo". Deu-me então uma lista de todos os centros espíritas da cidade. Havia centro espírita mesa branca kardecismo, umbanda, candomblé. Parti em busca de votos, e para isso me afastei da família durante seis meses. Abandonei minhas filhas e minha mulher. A situação ficou tão terrível que esta, num momento de grande agonia, me disse: "Eu não posso mais viver com você! Pegue as suas malas e vá cuidar da sua vida! Você não quer abandonar a campanha política, e eu preciso de você como chefe de família...Vá embora!".

Com a família destruída, continuei a campanha. Um certo dia, quando cheguei num centro espírita, vi uma médium totalmente incorporada. Ora, eu não acreditava nem em Deus nem no diabo. No entanto a expressão daquela mulher me assustou muito! Ela tinha uma imagem distorcida...Seu rosto tinha uma expressão demoníaca. O susto foi tão grande que sai correndo daquele lugar. Foi terrível! De novo comecei a ouvir voz: "Quando você conhecer a verdade, ela vai liberta-lo!" Eu não gostava de cristão, nem de Bíblia, nem de nada. No entanto, agora começava a temer pelo futuro. Sofria muito; estava muito triste, louco para voltar para minha casa. Um dia um casal de amigos ex-espíritas - eles haviam feito um pacto no Vale do Amanhecer, em Brasília, e eram profundamente envolvidos com o espiritismo - me procuraram e me disseram: "Bezerra, aparece lá em casa; queremos conversar com você". Como precisava de voto, fui até aquela casa pedir apoio para minha campanha política. Mostraria nossos planos para a cidade, as obras que precisava ser feitas e a legislação que necessitava de mudança. Lá pelo meio da conversa os dois me disseram: "Você precisa de Jesus... Você precisa conhecer a Deus!" Ao ouvir isso, caí com a cara no chão! Completamente desacordado. Comecei a lembrar o que Deus fizera em minha vida, sem que nunca me houvesse dado conta.
Uma vez fui assaltado por três homens; eles colocaram o revólver em minha cabeça e na barriga, levaram meu carro, e Deus me livrou. Noutra ocasião sofri um acidente terrível em São Paulo: meu carro pegou fogo e não morri. Também estive 22 dias internado, e 9 dias em coma no hospital, e sobrevivi. Sofri um terrível acidente na Via Dutra, quando um caminhão carregado de areia passou por cima do meu carro, eu e toda família dentro: ninguém morreu...Ali, com o rosto no chão, lembrando tudo aquilo, ouvi a voz de Deus me dizendo: "Você não quer, agora, deixar que eu cuide da sua vida de verdade? Não quer me entregar, agora, o seu coração?" Lembrando tudo, como se estivesse vendo um filme, e chorando por dentro, disse: "Sim, Deus, eu quero entregar a minha vida!" Quando disse isso, ouvi: "Bezerra, eu te recebo..." Ao abrir os olhos, chorando, vi diante de mim aquele casal de amigos.

Eles olharam para mim e disseram: "Bezerra, você quer entregar sua vida a Jesus?" E eu respondi: "Sim, eu quero!" Fiz minha primeira oração e entreguei a minha vida a Deus. Mas eu ainda tinha um problema muito sério; estava separado da minha mulher. Queria voltar para a família. Minha vida tinha sido muito complicada; eu era um péssimo chefe de família. Minha mulher e eu nos agredíamos verbalmente com palavrões, e a separação foi praticamente inevitável. Resolvi então retornar a casa e voltar a viver com ela. Foi terrível! Discutíamos muito. Até que eu desejei, do fundo do meu coração, juntamente com aquele casal, levá-la à Igreja. No dia marcado para isso, cheguei a minha casa e fui direto para o banheiro. Trancado, e chorando, fiz esta oração: "Senhor Jesus, salva a minha casa. Muda a minha vida! Transforma a minha família".

No carro, durante o percurso, minha mulher foi o tempo todo discutindo comigo. Ela queria que eu reagisse; que brigasse com ela, e acabasse voltando do meio no caminho. No entanto, dentro de mim eu repreendia o mal e clamava pela ajuda de Deus. Quando chegamos à porta daquela Igreja, algo maravilhoso aconteceu. Deus encheu o meu coração e a minha alma transbordou de alegria.

A reunião foi maravilhosa. No final, o reverendo disse a ela: "Deus deseja que você e seu marido voltem a se amar". Mas ela não aceitou. Contudo o reverendo tinha tanta convicção do que estava dizendo que respondeu: "Posso ir à sua casa e orar por sua família?" Ela respondeu: Pode, às 18 h". (Respondeu afirmativamente porque sabia que na sexta-feira, às 14 h, assinaríamos a separação.)

Desesperado, e ao mesmo tempo confiante no que Deus poderia fazer na minha vida, liguei para o advogado e disse: "Olha, eu não quero mais assinar a separação"; "Mas é impossível! Está tudo preparado!"; "Por favor, não apareça aqui amanhã! Por favor não venha..."

E ele não foi. Na sexta-feira, desesperada, ela ligou muitas vezes para o advogado, mas inutilmente. Até que às 18 h chegou o reverendo. Confiante, ele pediu licença para orar. Enquanto clamava a Deus por nossa vida, disse que havia em nosso quarto um altar espírita de adoração. E descreveu-o com tanta precisão que minha mulher e eu ficamos muito impressionados. Chocado com aquilo, confirmei ser verdade. Então perguntei-lhe: "Que devo fazer?" "Amigo, quebre tudo!" - respondeu incisivo.

E o mais impressionante: enquanto eu quebrava o altar, minha filha de apenas dois anos de idade pegou uma Bíblia que eu tinha em casa - uma Bíblia histórica Barsa -, levou-a até minha mulher, abriu-a, apontou com o dedinho, e disse: "mamãe, lê aqui". Minha mulher, sem entender nada, olhou e leu sobre o divórcio. Minha esposa começou a chorar... No dia seguinte, enquanto fazia compras, em profunda depressão ela pensou em várias maneiras de suicídio: atirar-se debaixo de um carro, jogar-se da janela do apartamento, tomar veneno, cortar o pulso etc. Mas não conseguiu. Deus estava operando na sua e na nossa vida.

Quando no dia seguinte voltamos à igreja, o reverendo perguntou do lugar onde estava ministrando: "Existe alguém neste lugar que já tentou tirar a sua própria vida muitas vezes, e ontem mesmo tentou o suicídio mais uma vez?" Naquele momento, totalmente contrita e desesperada, minha mulher levantou-se e entregou sua vida a Jesus. Nós nos reconciliamos, e nosso casamento foi completamente restaurado.

A saúde de minha esposa também foi restaurada! Hoje, graças a Deus, somos muito felizes e temos três filhas lindas. Tudo mudou. Eu sou um homem livre!

A teimosia dos "espíritas" tradicionais

Fica aqui a impressão de que nosso trabalho de coerência doutrinária é em vão. mesmo com alto nível de apostasia, há seguidores de Chico ...