segunda-feira, 27 de julho de 2015

Bomba! Só agora estamos entrando na categoria "Provas e Expiações"

Isso mesmo que você leu. Não me enganei, não. Somente agora, estamos tendo plenamente as características que definem este planeta como "de Provas e Expiações". E não adnata se contorcerem, pois, se olharmos ao redor, é justamente isso que está acontecendo.

Kardec, seguindo orientações dos espíritos que participaram de sua pesquisa, falou que as transições de fases da evolução espiritual do planeta seriam bem lentas e graduais. E põe lentidão nisso, já que depende da mudança de pensamento de zilhões de indivíduos, a maioria indisposta a qualquer mudança. O período em que a humanidade está na Terra é bem curto demais para que estejamos em direção a uma terceira fase. 

O que nos diz que estamos deixando na verdade o estágio de "planeta primitivo", caracterizado pelas barbáries. E nota que ainda temos focos de barbárie - não é preciso ir muito longe: os traficantes ainda usam a barbárie primitiva como regra de atuação. Concluído o processo de transição, somente agora pudemos ter de maneira bem nítida as características que correspondem a um planeta de provas e expiações.

Estamos muito aquém para um estágio superior ao que nos encontramos

A própria característica da coletividade não permite que estejamos acima disso. Estamos cada vez mais burros, não sabemos resolver nossos problemas e ainda agimos com total infantilidade, apelando para ilusões (religião, lazer fútil, drogas, etc.) para fugir dos problemas que vivemos recusando em resolver. Ainda confiamos demais em autoridades falidas que ainda nos parecem divindades, senão com o título, mas pelo menos com o prestígio, que exige um respeito cego que soa bem impune a essas autoridades sem competência para liderar e administrar.

O nosso corpo ainda bem pesado e vulnerável à doenças ainda sinaliza essa fase da humanidade. Se tivéssemos entrando na fase de regeneração, não somente o intelecto e o senso moral estaria muito mais avançado, como nosso corpo seria resistente a boa parte das doenças e seria mais leve que o atual. Não é preciso ser espiritualista para perceber isso. É só olhar para o nosso corpo e saber que ainda estamos no início de nossa caminhada.

Os espiritólicos (deturpação do Espiritismo defendida pela FEB) que acreditam que estamos em regeneração não usam a razão, indo na fé cega e no prestígio de líderes religiosos que só fazem mentir. Muitos até acham que "regeneração" é quando o bem domina, quando o Evangelho Segundo o Espiritismo mostra que neste estágio, o bem e o mal disputam cabeça a cabeça o instinto coletivo. É o que o Antigo Testamento chama de "Armagedom".

Na verdade, os espiritólicos tem uma pressa de evolução. Isso é nítido na ânsia de classificar qualquer espírito que lhe pareça bondoso de "ser superior", quando na verdade é tão falível quanto qualquer ser humano do planeta terrestre. Não coloquemos os carros na frente dos bois. Tudo tem a sua hora, atémesmo a hora de atingir a superioridade. Conformemos com o nosso estágio.

O que importa é que estamos nos evoluindo, seja qual for o estágio da humanidade

Fiquemos calmos. Pros que acharam que a novidade que eu lhes trouxe é uma má notícia, eu discordo plenamente. Isso não significa que não estamos evoluindo. Pelo contrário. Mesmo estando em um estágio inferior ao que pensávamos estar, não estamos estacionados. Aos poucos vamos revendo nossos valores e lutando para sair da inércia intelectual. Os temas debatidos em redes sociais já mostram uma vontade de mudança.

Ou seja, o que interessa  é que estamos andando, estamos crescendo. Não interessa em que estágio nos encontramos. Importa é fazer as lições do tempo presente para que aí sim, possamos acelerar a nossa evolução e chegar de fato ao estágio que gostaríamos de estar. 

domingo, 5 de julho de 2015

Ou muda de atitude, ou muda de rótulo

Não tentem rotular como intolerância as críticas que o "Espiritismo" brasileiro vem recebendo. Tirando o que vem de fontes duvidosas, boa parte das críticas são justas e na verdade são uma cobrança de coerência e honestidade. O que os brasileiros conhecem como "Espiritismo" não é Espiritismo. Pode ser qualquer coisa, mas nada tem a ver com a doutrina codificada por Allan Kardec.

O que acontece no Brasil é que temos duas doutrinas diferentes, praticamente opostas que se assumem ambas com a mesma nomenclatura de "Espiritismo".

Por muitos e muitos anos, o que os brasileiros conhecem como "Espiritismo" tem se distanciado cada vez mais do Espiritismo original fundado por Allan Kardec. Na verdade, se tornou uma gororoba igrejista que exalta a fé cega fingindo ciência apenas para tentar confirmar os absurdos em que seus fiéis acreditam. Absurdos que são facilmente tolerados pela justificativa de uma caridade estereotipada, frouxa e paliativa, totalmente inerte na função de transformar a sociedade.

Na verdade, o que é praticado no Brasil deveria ser considerado por outro nome. Se os devotos de Chico Xavier, Bezerra de Menezes, Divaldo Franco e outra personalidades afins, sejam encarnadas ou não, assumissem outro rótulo e assumissem também o desprezo que têm pelas obras de Allan Kardec, tudo bem. Deixaríamos em paz, pois eles não esta criando confusão.

Mas quando eles chamam o seu repertório de crenças absurdas, ilusões doutrinárias e falsos profetas de "Espiritismo", aí temos que nos incomodar e reagir. Allan Kardec com absoluta certeza reprovaria tudo que está sendo feito em nome da doutrina, pois tudo é feito sem o estudo adequado, seguindo orientação de falsos mestres e lançando mão de pieguice, fé cega e caridade paliativa. Uma doutrina que deveria ser transformadora e que no Brasil acabou estimulando a estagnação social e o desprezo pelo desenvolvimento intelectual.

Mas é como foi dito nesta postagem: se parassem de bajular Kardec e escolhessem outro nome para essa igreja construída em torno da crença (não o conhecimento racional estimulado por Kardec) no mundo espiritual, deixaríamos os chiquistas sossegados naquilo que acreditam, pois não enfiaram coisas que soam estranhas para eles.

Que tal chamar de Chiquismo ou Igreja Chiquista? Se Chico Xavier é o líder máximo para eles, nada seria mais coerente e honesto do que utilizar este nome. Até porque, na prática, os brasileiros que pensam ser "espíritas" não ficariam cultuando dois senhores tão opostos, preferindo aquele que se encaixa melhor nos estereótipos compreendidos por quem não está muito a fim de questionar e examinar.

Portanto, pseudo-espíritas: nunca nos acusem de intolerantes. Respeitamos todas as crenças que forem salutares, mas não toleramos a mentira e a confusão. Isso que está sendo feito em nome do "Espiritismo" no Brasil nada tem a ver com a doutrina. Em muitos pontos até se opõe. 

Sejam coerentes e arrumem outro rótulo para isso. E tirem Allan Kardec dessa. O codificador não pesquisou e analisou para resultar numa igreja de fé cega e ídolos intelectualmente inertes como é a que é feita no Brasil sob o nome de "Espiritismo".

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O Deus antropomorfizado dos "espíritas" brasileiros

Embora neguem até o fim, os espiritólicos, como deveriam ser conhecidos os "espíritas" brasileiros, também acreditam, a sua maneira, no Deus antropomórfico. Se para os seguidores da FEB, Deus não se assemelha aos homens em corpo, se assemelha na alma. E isso é tão errado quanto acreditar no Deus-humano defendido pelas outras religiões.

Os espiritólicos acreditam que Deus é um espírito como nós, privilegiado, julgador, mandão e que apesar de dar a reencarnação como nova chance, não deixa de punir (o que vai contra a noção do "amor" infinito de Deus - "amor" vem entre aspas porque não sabemos como é de fato esse amor) e de escolher seus privilegiados favoritos (como por exemplo, no mito do "povo escolhido", os brasileiros, segundo os dogmas da FEB). Essa imagem divina foge completamente da lógica e do bom senso.

Ainda não sabemos como é Deus. E nem vamos saber tão cedo. Não que Deus não queira se mostrar, pelo contrário. Mas o problema é que Ele se encontra num estado que não temos condições de compreender. O que se sabe que humano, ele não é. Mais provável que seja um tipo de energia central, um tera-poderoso campo de força.

Os espíritos, conhecendo as limitações das pessoas na Terra, se limitaram a definir Deus como uma inteligência suprema e causa primária sobre todas as coisas, o que é uma excelente definição. E o mais legal é que quando Allan Kardec fez a pergunta preferiu usar a expressão "o que é Deus?", para deixar claro que além de não sabemos do que se trata, Kardec sugeria que sua condição e forma não poderia ser humana.

A existência da forma humana de Deus se deu ao mesmo tempo pela nossa limitação de compreensão do universo ao nosso redor e da necessidade instintiva de possuir um tutor, como nós conhecemos. A falta de referências e a nossa recusa em desenvolver o intelecto nos impede de entender coisas que estão muito além de nós. Ainda teremos muito o que aprender para tentar entender Deus ou coisa parecida, seja qual o nome tiver (Deus não tem nome, nós o chamamos assim).

Por enquanto acreditamos no Deus antropomórfico, seja encarnado ou não. Quando nos amadurecermos e aprendermos a caminhar com as nossas pernas, sem a necessidade de tutores, Deus ou a Força que "governa" este universo, poderá encontrar um modo de se mostrar a nós. Por enquanto, crianças que somos, acreditemos nas fantasias que nos iludem, mas também nos confortam.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Conceito de crianças índigo pode ser preconceito contra pessoas rebeldes e hiperativas

As religiões sempre gostaram de pessoas obedientes. As próprias surgiram justamente para estimular a obediência, através da criação de uma forma ficcional de Deus, personalizada e bastante autoritária, que premia ou pune de acordo com o nível de obediência dos fiéis em relação à religião. Obediência, não a Deus, já que ele não pode ser autoritário e personificado, mas aos líderes religiosos, os verdadeiros mandantes da fé cega humanitária.

Com a forma deturpada do "Espiritismo" não é diferente. Altamente dogmatizada e com uma fé cega tão alienante quanto a de outras crenças (embora se auto-rotule de fé "raciocinada"), o Espiritolicismo, como deveria ser conhecida esta forma deturpada, Chiquista e cheia de enxertos, sobretudo católicos (Xavier e Bezerra foram católicos da gema, até morrerem), se apressou também de criar um Deus a seu bel prazer, tão autoritário e personalizado quanto os Deuses das outras crenças, embora menos material que os outros.

E na onda de enxertos que contaminou a versão brasileira daquilo que deveria ser o Espiritismo, uma seita, não a católica, foi imediatamente absorvida com uma estranha tese que ajudou a colocar em um canto os jovens que demostram algum tipo de rebeldia ou hiperatividade: a tese das crianças índigo.

Já falamos aqui sobre esta teoria. Não acho preciso aprofundá-la nesta postagem. O que queremos lançar aqui é a ideia de que esta classificação equivocada pode esconder na verdade um preconceito humilhante para os jovens que são hiperativos ou tem um nível de senso crítico alto, se recusando a obedecer cegamente a quem quer que seja.

A absurda tese coloca pessoas que tem esse tipo de comportamento não-submisso como se fossem uma espécie a parte de ser. Como se fossem ou sobre-humanos ou sub-humanos. Mas em ambos os casos, sempre colocando  à parte do resto da humanidade, como se fossem "defeito de fábrica".

Divaldo Franco é um dos grandes entusiastas e difusores deste absurdo. Muitas pessoas, indo na carona do superestimado palestrante, acabam por acreditar nesta tese e o processo educacional dessas crianças acaba indo para o ralo, pois ao invés de serem educadas a transformar a não-submissão em fonte de criatividade e desenvolvimento intelectual, acabam isolando essas crianças do convívio salutar, pois elas são tratadas como se fossem seres "especiais", não-humanos.

Ignoremos esta tese absurda e entendamos e a não submissão é na verdade um sinal de evolução intelectual. Os não-submissos tem condições de questionarem, de observarem erros e de bolar soluções criativas para que o mundo sempre melhorem. Mas para isso é preciso que haja o convívio social com outras pessoas que aprenderão com elas a também não serem submissas.

A tese dos índigos é uma farsa e uma verdadeiro ofensa grave a quem se esforça por pensar por conta própria, desenvolvendo suas capacidades para se tornar útil em um mundo que a cada dia mostra que a submissão cega só leva a erros e a perpetuação desses erros.

Questionar é absolutamente salutar e os jovens questionadores nunca podem ser colocados em um grupo a parte para que o seu desenvolvimento intelectual (indispensável para a evolução espiritual) e o da sociedade que o rodeia, possam favorecer o crescimento físico, intelectual e moral que a coletividade tanto necessita.

A teimosia dos "espíritas" tradicionais

Fica aqui a impressão de que nosso trabalho de coerência doutrinária é em vão. mesmo com alto nível de apostasia, há seguidores de Chico ...