domingo, 2 de abril de 2017

Teologia do Sofrimento: o golpe no "Espiritismo" brasileiro

Uma coisa a notar em textos e palestras recentes no "Espiritismo" brasileiro é o aumento de textos que evocam a medieval e sadomasoquista Teologia do Sofrimento, delírio que sugere que o sofrimento, por mais torturante que seja, é o caminho mais fácil para a prosperidade. o que a lógica comprova como uma falácia.

O "Espiritismo" brasileiro se tornou uma site igrejeira que segue o Catolicismo medieval e importou muitos de seus dogmas, estranhos a doutrina original codificada por Allan Kardec. A Teologia do Sofrimento é um destes dogmas e nem mesmo o segmento mais conservador do Catolicismo atual quer mais saber dessa teologia estranha que no fundo diz que sofrer é muito bom.

Ele resulta da má interpretação do sofrimento de Jesus, que na verdade teve motivação política. Acreditam os defensores deste teologia que Jesus aceitou sofrer para "expurgar" o mal da humanidade, numa atitude que desafia qualquer tipo de lógica. Não faz sentido uma pessoa sofrer para salvar a humanidade. Uma verdadeira prova de que cristãos normalmente não são muito racionais.

Para os defensores desta teologia sadomasoquista, o sofrimento é visto como uma espécie de "faxina espiritual" que pretende "eliminar" as impurezas através da dor. Se esquecem os defensores que não é o sofrimento que acelera a evolução, mas a tentativa de sair deste sofrimento. Ninguém vai de uma hora para outra atingir a prosperidade após ser totalmente lascado através de um ato de tortura.

A adoção da Teologia do Sofrimento é um golpe contra a doutrina e na verdade sinaliza uma adesão ao governo golpista de Michel Temer, que pretende impor mazelas a população para garantir os privilégios dos mais ricos. É na verdade um ato irresponsável que mostra que a doutrina vem sido controlada por um bando de caras-de-pau, interessados em salvar a sua pele estragando a dos outros.

A escolha pela Teologia do Sofrimento vai custar muito caro ao "Espiritismo" brasileiro, que vem perdendo credibilidade após a relevação de que muitos de seus dogmas são absurdos ou contraditórios. 

As lideranças "espíritas" brasileiras dão tiro no pé e contribuem para a extinção da seita que ingênuos pensavam ser a mais avançada, acreditando tolamente que toda a humanidade seria devota do charlatão Chico Xavier, o beato que agou como um vândalo, destruindo totalmente o que deveria ser o Espiritismo.

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