sábado, 11 de abril de 2015

Os erros de Chico Xavier

Na intenção de soterrar de vez as provas de charlatanismo de Chico Xavier, a FEB (Federação Roustainguista Brasileira), construiu um mito de "perfeição" em torno do médium. Mito que cresce feito bola de neve e que fez e ainda faz surgir iludidos e fanáticos admiradores para o médium.

Tratado como se fosse mais do que um semi-deus, Chico Xavier era na verdade um homem comum, igual aos outros.Tinha de fato mediunidade, mas ao invés de estudar para desenvolvê-la, preferiu a prática irresponsável que o pôs em contato com espíritos de farsantes, acabando por atrofiar a sua faculdade mediúnica, lançando mão de fraudes para sustentar o mito.

Xavier, que na verdade nunca foi espírita e sim um intruso católico, deturpou conceitos da doutrina, transformando-a em uma seita a mais entre muitas, a estagnar toda a sociedade através da fé cega.

Mostro aqui uma lista de erros cometidos pelo "Senhor Perfeição" Chico Xavier, que faz cair toda a mitologia em torno dele. Vou enfurecer muitos admiradores, mas temos que ser coerentes e lógicos em admitir que exageraram mito na mitologia de "perfeição" dada a Xavier, que nada fez para transformar a sociedade como um todo para melhor.

A lista:

- Católico praticante, fingiu ser espírita e defendia muitos pontos que entravam em contradição com o que aparece nas obras da codificação pesquisadas por Allan Kardec, este reduzido a objeto de bajulação na forma deturpada praticada no Brasil.

- Preferiu bagunçar o Espiritismo através de deturpações, do que desenvolver o Catolicismo em que acreditava, inserindo neste, conceitos de vida pós-morte.

- Nunca estudou a doutrina e muito menos a mediunidade, favorecendo comunicação com espíritos de duvidosas qualidades moral e intelectual, como Emmanuel.

- Desprezava o desenvolvimento intelectual, apesar de falar frequentemente em "fé raciocinada".

- Quis que a Ciência fosse submetida a fé, quando a codificação recomenda o oposto.

- Ao invés de consolar as mães que perderam os filhos, preferiu obsediá-los para dar falso consolo através de mensagens banais, muitas vezes ditadas por falsos espíritos que fingiam a identidade dos filhos mortos.

- Usou nomes de famosos em falsas psicografias que destoavam grotescamente dos estilos dos autores atribuídos.

- Era submisso a autoridades e a espíritos obsessores e não questionava ordens absurdas.

- Demonstrava ter fascínio mórbido por pessoas que morriam jovens.

- Responsabilizava as vítimas como culpadas em desastres e infortúnios.

- Pregava o masoquismo moral que condenava o esforço para sair dos problemas, preferindo estimular a aceitação cega do sofrimento, como se a dor em si pudesse trazer algum benefício (e não traz).

- Assinava atestados que legitimou fraudes de materialização com objetos como panos e gazes.

- Apoiou a ditadura militar e  demonstrou total falta de altruísmo ao se referir ao que seria feito com as vítimas, preferindo lavar as mãos" sobre o que acontecesse com elas.

- Do contrário que quase todos pensam, não era bondoso e sua caridade era frouxa, paliativa, estereotipada e se resumia a compensar as pessoas pelos problemas que nunca eram resolvidos. Não conseguiu transformar a sociedade brasileira, que continua tão ou mais problemática quanto antes de suas atividades como suposto filantropo.

- Aceitou numa boa a alimentar a própria mitologia, apesar de se declarar "humilde" e de recusar o título de liderança.

- Difundiu tolas crenças pessoais como se fossem verdades científicas e nunca se preocupou em desmenti-las. Seus sonhos eram considerados como sérias "profecias", mesmo que seus conteúdos sejam comprovadamente absurdos.

- Inseriu dogmas católicos na doutrina, que também desmentiam pontos importantes estudados e comprovados durante o processo de codificação.

- Plagiou obras, mas colocava a responsabilidade nos supostos espíritos que assinavam seus livros.

- Estimulou gerações e gerações de embusteiros tão farsantes quanto ele, que enriqueciam as custas de prestígio e da falsa imagem de filantropos.

- Seus livros nunca ajudaram a caridade de fato. Mesmo que as vendas tenham sido usadas para isso, o que ainda não pôde ser provado, foi muito pouco. A maior parte da renda, senão toda, dos livros ia para a própria FEB que explorava ao máximo o médium, tido como sua valiosa galinha dos ovos de ouro.

- Não permitiu que seus órgãos sadios fossem usados, após sua morte, para salvar vidas de outras pessoas. Um contrassenso vindo daquele que é considerado o "mais caridoso do mundo".

- Suas ideias emperraram as pesquisas sobre vida espiritual, contatos com os mortos e verificação de outros tipos de matéria e de dimensões espaciais. Suas ideias resumiam a moralismo frouxo típico dos livros de auto-ajuda e à caridade estereotipada e paliativa.

- Nunca verificou a origem verdadeira das mensagens que recebia e muito menos sobre a identidade, a personalidade e as intenções dos espíritos comunicantes.

- Entrava frequentemente em contradição e mudava de opinião conforme a conveniência, para escapar de encrencas.

- Nunca assumiu seus erros, preferindo jogar a culpa das falhas que cometia para outras pessoas.

- Morreu de forma misteriosa exaltando como "felicidade máxima" uma forma banal de lazer que nada contribui para o desenvolvimento intelectual das pessoas e nunca trouxe qualidade de vida para a sociedade.

- Sempre aceitou numa boa a construção de seu próprio mito e o alimentava sempre que encontrava oportunidade.

- Nunca usou suas faculdades e seu prestígio para crescer como ser humano, se limitando a agir como um padre católico que se não fazia mal, pelo menos não fazia o bem.

Como vocês podem ver, o homem "mais perfeito" que esteve sobra a Terra mais errou do que acertou. E deve estar respondendo por sua responsabilidade em relação a todos esses erros.

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